segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vida & Obra de Erico Veríssimo

Erico Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS), em 17 de dezembro de 1905, e faleceu em Porto Alegre, em 28 de novembro de 1975. Na juventude, foi bancário e sócio de uma farmácia. Em 1931, casou-se com Mafalda Halfen Von Volpe, com quem teve os filhos Clarissa e Luis Fernando. Sua estreia literária foi na Revista do Globo, com o conto Ladrões de gado. A partir de 1930, já radicado em Porto Alegre, tornou-se redator da revista. Depois, foi secretário do Departamento Editorial da Livraria do Globo e também conselheiro editorial, até o fim da vida.

A década de 30 marca a ascensão literária do escritor. Em 1932, publica seu primeiro livro de contos, Fantoches, e em 1931 o primeiro romance, Clarissa, inaugurando o grupo de personagens que acompanharia boa parte de sua obra. Em 1938, tem seu primeiro grande sucesso: Olhai os lírios do campo. O livro marca o reconhecimento de Erico no país inteiro e, em seguida, internacionalmente, com a edição de seus romances em vários países. Escreve também livros infantis, como Os três porquinhos pobres, O urso com música na barriga, As aventuras do avião vermelho e A vida do elefante Basílio.

Em 1941 faz uma viagem de três meses aos Estados Unidos a convite do Departamento de Estado norte-americano. A estada resulta na obra Gato preto em campo de neve, primeira de uma série de livros de viagens. Em 1943, dá aulas na Universidade de Berkeley. Volta ao Brasil em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial e do Estado Novo. Em 1953 vai mais uma vez aos Estados Unidos, como diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, secretaria da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 1947, Erico Verissimo começa a escrever a trilogia O tempo e o vento, cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica O senhor embaixador, ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez de O prisioneiro, parábola sobre a intervenção dos Estados Unidos no Vietnã. Em plena ditadura, lança Incidente em Antares (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de Solo de clarineta, seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

OBRAS

Fantoches (1932)

Clarissa (1933)

Música ao Longe (1935)

Caminhos Cruzados (1935)

Um Lugar ao Sol (1936)

Olhai os Lírios do Campo (1938)

Saga (1940)

Gato Preto em Campo de Neve (narrativa de viagem, 1941)

O Resto é Silêncio (1943)

Breve História da Literatura Brasileira (ensaio, 1944)

A Volta do Gato Preto (narrativa de viagem, 1946)

As Mãos de meu Filho (1948)

Noite (1954)

México (narrativa de viagem, 1957)

O Senhor Embaixador (1965)

O Prisioneiro (1967)

Israel em Abril (narrativa de viagem, 1969)

Um Certo Capitão Rodrigo (1970)

Incidente em Antares (1971)

Ana Terra (1971)

Um Certo Henrique Bertaso (biografia, 1972)

Solo de Clarineta (memórias, 2 volumes, 1973, 1976)


O Tempo e o Vento

Parte I: O Continente (2 volumes, 1949)

Parte II: O Retrato (2 volumes, 1951)

Parte III: O Arquipélago (3 volumes, 1961-1962)


Infanto-juvenis

A vida de Joana D’Arc (1935)

Meu ABC (1936)

Rosa Maria no Castelo Encantado (1936)

Os Três Porquinhos Pobres (1936)

As Aventuras do Avião Vermelho (1936)

As Aventuras de Tibicuera (1937)

O Urso com Música na Barriga (1938)

Outra Vez os Três Porquinhos (1939)

Aventuras no Mundo da Higiene (1939)

A Vida do Elefante Basílio (1939)

Viagem à Aurora do Mundo (1939)

Gente e Bichos (1956)



Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra
mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer’.”
(O escritor diante do espelho)
Texto da Editora Companhia das Letras
Adaptado por Edvander Pires - Bolsista do Projeto de Extensão Clube da Leitura.

Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu ae, muito bom esse trabalho e consegui passar de ano no ensino médio graças a ele ;)