sábado, 19 de dezembro de 2009

Dica de Filme: As Três Marias


No início dos anos 70, em pleno sertão pernambucano, Firmino (Carlos Vereza) é abandonado por sua noiva Filomena (Marieta Severo), que se casa com Borges Capadócio. Firmino passa a nutrir um profundo ódio contra a família de sua ex-noiva, chegando ao ponto de, 30 anos depois, ordenar que seus filhos matem os homens da família dela. Após saber da tragédia, Filomena convoca suas três filhas, Maria Francisca (Júlia Lemmertz), Maria Pia (Luíza Mariani) e Maria Rosa (Maria Luíza Mendonça), para arquitetar sua vingança. As três irmãs são então encarregadas de sair pelo sertão para encontrar e contratar matadores de aluguel, sendo que cada uma passa por dificuldades próprias para cumprir sua tarefa.

Revelação Musical


Revelada ao grande público no início do ano, na minissérie "Maysa", da Rede Globo, Maria Gadú lançou seu primeiro disco em junho pela Som Livre, e vem demonstrando um talento peculiar, num tempo em que novas cantoras, divas ou não, abundam por aí, num país repleto de ícones e grandes nomes do nosso cancioneiro feminino.

Com apenas 22 anos, essa paulista radicada no Rio de Janeiro, compõe e toca violão, acompanhada pela banda que conta com nomes como Stephan SanJuan, Dadi, Cesinha, Arthur Maia, Nicolas Krassik, Felipe Pinaud e Marcelo Costa, e diz não esperar muita coisa desse momento de sua vida. "Não estou esperando nada, nem crítica boa, nem crítica ruim, nem aceitação, nem reprovação, só estou curtindo", conta ela, bem à vontade, nessa entrevista exclusiva ao SaraivaConteúdo.

Além de estar "estar curtindo" o momento, como ela mesma disse, procura também não se cercar de expectativas. "Não costumo criar expectativas com as coisas. Também não fico com medo, porque medo atrapalha, até na minha convivência comigo mesmo, aí vou ficar me perseguindo.". Despretensiosamente, Maria Gadú vem à cena para disputar o concorrido espaço para cantoras e já chega mostrando personalidade. Um bom começo para a ainda menina e seu violão.

Entrevista: Thalita Rebouças


Quando Thalita Rebouças decidiu largar o trabalho de assessora de imprensa para se dedicar à literatura juvenil, sua família foi categórica: "Vai morrer de fome! É o Brasil, ninguém lê aqui". O que ninguém esperava é que ela se tornasse a escritora brasileira que mais vende livros para adolescentes.

Quantos livros já foram vendidos? “Passei dos 400 mil”, afirma, entre sorrisos, a escritora carioca.

Em dez anos de carreira, Thalita conseguiu um espaço privilegiado na cabeceira de adolescentes – em especial das meninas que, além de acompanhar a escritora pela internet, vão aos lançamentos e fazem tietagem como se estivem na frente de ícone da TV. Pode-se dizer que a autora se tornou uma celebridade literária.

“As meninas, e alguns meninos, têm uma relação muito emocionante perto de mim. Eles se emocionam, vibram, choram, abraçam... Abraço de gente que fala para mim: ‘Eu odiava ler, passei a gostar de ler com seu livro’. E do meu livro vai para Jorge Amado, Rubem Fonseca, João Ubaldo, Shakespeare, Kafka...’”, declara a escritora, que neste ano teve livros da série Retratos de Malu (Fala Sério) publicados em Portugal, sob o título Que Cena.

"Adolescentes e pré-adolescentes estão definitivamente lendo mais. No começo da minha carreira, quando ia numa escola, eu perguntava: ‘Quem gosta de ler?’ Dois ou três levantavam a mão, meio envergonhados. ‘E quem não gosta?’ Todo mundo: ‘Ahhhh...’ Agora isso não acontece. As pessoas têm vergonha em admitir que não gostam de ler, acho isso o máximo. Viva Harry Potter!", defende.

Queiram ou não, Thalita é pop, e em um universo onde isso é escasso, a literatura.